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sexta-feira, 25 de junho de 2010

The Black Keys


Às vezes agente procura tantas definições pras bandas, e às vezes agente só que tentar descrever essa coisa chamada música em adjetivos. Talvez para algumas bandas seja mais fácil, acho que The Black Keys é uma banda que não se encaixa nesse tipo de banda de fácil definição.

The Black Keys além de ser uma banda, é uma dupla!(risos). Quero dizer que a banda é apenas o guitarrias que também é vocalista, e o batera. Antes que alguém pense. Não, não tem nada a ver com The Whites Stripes, o som tem outra pega. Apesar das duas bandas terem suas influências no Blues de mississippi, acredito que The Black Keys vá um pouco mais além. Digo na profundidade de influências como uma criatividade mais aflorada.

Os caras já estão na estrada desde 2001, lançaram seu primeiro compact disk em 2002 e já gravaram 8 álbuns. O meu preferido é o segundo (Thickfreakness) que foi lançado em 2003, o último álbum, intitulado Brother, foi lançado em maio desse ano.

Por fim, só quero dizer que vale a pena, para quem curte blues, pra quem curte um som diferente e pra quem curte qualquer outra coisa, escuta e dá a sua opinião que fica mais fácil.

E ao som desses caras, com a música Meet Me In the City, me despeço. A todos uma boa noite.


quarta-feira, 26 de maio de 2010

The Watchmen

"Quis custodiet ipsos custodes?" (Juvenal)

Fica até engraçado pensar que uma frase de um filósofo poeta romano, iria influenciar a criação de uma história de HQ.

Traduzindo pode significar "Quem vigia os vigilantes?", "Quem guardará os guardas?" ou algo do tipo. Frase esta que ser identificada na história, pixada nos muros "WHO WATCHES THE WATCHMEN?".

The Watchmen é uma série de história HG escrita por Alan Moore e ilustrada por Dave Gibbons, publicada originalmente em doze edições mensais. Os títulos de cada uma das edições faz menções à Bob Dylan, Elvis Costelo, Nietzsche,Jimi Hendrix, Einstein e até mesmo trechos da Bíblia Sagrada.

A história, no geral, apresenta o questionamento da integridade daqueles que devem trazer a proteção. O interessante é que também mostra o outro lado da moeda, isto é, os problemas sociais e psicológicos desses "heróis". Assim, vejo que não há um julgamento ferrenho, mas sim uma identificação com um público.

O que torna esta história ainda mais interessante é o fato de que Alan Moore, escritor da obra, ao compor o enredo, fez relações de fatos históricos que realmente aconteceram, com as estórias em que a trama se movimenta.

E ao som de Pass the wine, (uma das canções do álbum Exile On Main Street de 1972, que só foram lançadas este ano) dos Rollings Stones. Boa noite a todos.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Reflexões sobre a obra de Malevich

Para quem não conhece Kazimir Severinovitch Maliévitch, transliteração do cirílico Казимир Северинович Малевич, mais conhecido apenas como Malevich era um pintor ucraniano que fazia parte do movimento de vanguarda que se chamava Abstracionismo, mas precisamente, Malevich fazia parte do Abstracionismo Geométrico.



Malevich levou dois anos pra pintar um quadro, que eu acredito que seja a sua obra mais famosa. Chama-se O Quadrado negro sobre fundo branco, que para alguns esse quadro não passa de um “nada”, para outros esse quadro foi um divisor de águas na arte da época, os padrões da arte, os limites, as mensagens passadas (e como passadas): todos esses parâmetros foram questionados por esta obra.

É interessante procurarmos uma reflexão em uma obra artística, além do que, cada um de nós encontra seus próprios significados, respostas e até mesmo, cada um de nós procura os nossos próprios questionamentos relacionados à obra a que nos deparamos.

E é com o som de Johnny Shines cantando Tell Me Mama. Convido todos à estas reflexões e desejo boa noite.


quinta-feira, 13 de maio de 2010

Um ensaio sobre a alienação na industrial cultural


A indústria cultural funciona como um mecanismo de alicerce a esta cultura dominante. Exerce o papel de produzir uma cultura de massa, de fácil acesso a todos, através da ênfase ao divertimento encontrado em seus produtos, simplifica-os ao máximo, para assim sempre obter uma atitude passiva do individuo, o seu consumo. Promove também reforços às normas sociais por meio de estereótipos encontrados nos meios de veiculação da indústria cultural. A prática incessante dessas ações procura como resultado o conformismo social das massas, as quais aceitem os bens culturais produzidos pela indústria cultural.

Neste contexto, a classe dominante apropria-se da ideologia capitalista, toma posse do processo econômico-político e dos veículos dos meios de comunicação de massa, um dos principais transmissores desta ideologia totalmente consumista. Tudo está à venda para que haja cada vez mais o acumulo de riqueza por parte da classe dominante.

Ao visar o acúmulo de riqueza primeiramente, a classe dominante busca uma produção cada vez maior para que exista também um consumo. Explora a força de trabalho do individuo, já que o submete ao ritmo de produção da máquina.

Esta produção em série isentou o individuo da responsabilidade de conhecer o que ele produz, não exige do funcionário algum conhecimento especifico sobre o produto ou qualquer experiência na área. Seu trabalho está atrelado apenas a um processo repetitivo, que condiz apenas com uma pequena parcela da fabricação do produto em que ele se propôs a produzir para servir ao mercado. Sendo assim, o gesto articulado, entendido como força de trabalho, perdeu o seu significado, já que quem o exerce não sabe o que está fazendo, não sabe o que produz.

Isto traduz a falta de questionamento e conformismo perante o seu trabalho. Não o questiona como relação de troca de sua força de trabalho por um valor em moeda inferior à produção que exerce. Assim também, não questiona a sua remuneração, não alcança a possibilidade de comprar grande quantidade de produtos originados do emprego da sua força de trabalho.

Para Adorno, em seu livro Dialética do Iluminismo, a indústria cultural, que alcança seu maior patamar de desenvolvimento a perto do século XX com o progresso do capitalismo, reforça o processo de alienação do sujeito para além de sua condição de trabalho já que a burguesia também domina e controla os entretenimentos dos trabalhadores, ou seja, sua cultura, que podemos dizer que é totalmente influenciada pela indústria cultural.

Ao som de Rolling Stones, com Can't You Hear Me Knocking. Boa noite.


*Texto extraido e adaptado do meu projeto de iniciação científica

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Seasick Steve: O atual Roots

Após tantos momentos musicais marcantes e seus respectivos estilos, não é estranho se ouvir por ai que não há "música boa" hoje em dia, e realmente, é difícil, mas às vezes nos deparamos com artistas atuais com qualidade.

Para quem não conhece Seasick Steve, é músico-compositor de forte influencia do Blues delta, sobre tudo Mississipi Freud McDowell, Tampa Red, Elmore James entre tantos outros guitarristas, ainda mais se tratando daqueles que trabalham a tecnica de bottleneck guitar, mais conhecido como slide. Faz um som simples, que na maioria das músicas é composta por um violão (ou guitarra elétrica) e a voz de Seasick Steve. Porem, há uma complexidade nas influencias, afinal o cantor faz um som blues que tem algumas influencias do próprio Rock and Roll, se fizermos uma relação do tempo com os estilos musicais, vemos que é o um som mais recente, influenciando um cantor atual que toca um estilo musical mais antigo.

O cantor tem 69 anos, foi gravar o seu primeiro album com 63 anos e este ano gravou o seu quinto álbum. Não há dúvidas de que Seasick faz trabalho de qualidade. Recomendo à todos.

E ao som deste cara, tocando a canção Thunderbird. Me despeço, e boa noite à todos.


segunda-feira, 10 de maio de 2010

Insônia, pensamentos e alguns rascunhos


"Traços, caminhos.

Tantos passos sem rumo

Tanto espaço e labirintos


Medos contados como pedras no caminho

Medos contidos, excomungados

Em frases, em grito.


Peças à deriva, encaixes desprovidos

Passos em falso por todos os lados

Por todos os caminhos


Mas o que é de direito?

Um dia bonito,

ou um amor perfeito?

O que é prometido,

ou o que é verdadeiro


São tantos erros e acertos

Tantas tentativas e fugas

Frustrações e procuras

Em um xadrez desaventureiro


Pessoas, peões, rainhas.

Peças à deriva.

Xeque mate.

Talvez vida.


Tantas mudanças e inevitáveis desapegos.

Tantas chances que deixamos ao vento.

Tantas lições repetidas ao vento,

e aprendemos só com o erro".


(Rennan R. Loezer)


E ao som de Seasick Steve. Boa Noite.


quinta-feira, 6 de maio de 2010

Influências subjetivas da publicidade


Fica claro para qualquer um de nós, que a intenção de qualquer publicidade, mesmo que haja mensagens que traga consigo sentidos relacionados ao prazer e satisfação, no final das contas, o grande intuito é gerar lucro.

Uma peça publicitária, independente da mídia que a mensagem for veiculada, é contida dentro da peça uma série de elementos linguísticos híbridos, tais quais são verbais, sonoros e visuais. Todos convergentes ao mesmo sentido, entretanto, deve o grande numero de informações vindas do mesmo emissor, algumas são ressaltadas, e então de contrapartida, outras caminham no sentido da subjetividade, dá margem à origem de camadas de subsentidos, isto é, caminhos soltos de sensações e sentidos, que não são processadas pelo consciente.

Toda a atmosfera de texturas, rimas, tonalidades e contrastes, rimas e figuras de linguagem, acabam por se tornarem sutilezas qualitativas que não chegam a produzir um julgamento cognitivo, provocando no receptor apenas qualidades de sentimentos.

Por conclusão, vemos que o background criado pela publicidade, é tão influênciativo, são mais, que as mensagens propriamente ditas.

Ao som de The Black Keys, I got mine.

Boa noite a todos.


domingo, 2 de maio de 2010

McDowell, sem igual


É claro, que se tratando de blues, há muitas críticas a respeito da pseudo limitação do estilo quando se fala de compassos e a melodia.Porem, uma vez ou outra bandas/cantores realmente mostre um trabalho convincente, pela criatividade, estilo próprio e outros atributos.

Não é de hoje que conheço o trabalho de Mississippi Fred McDowell, mas toda vez que escuto, é incrível como eu me supreendo, pela simplicidade, criatividade e um jeito único de tocar sem perder a essência Blues.

À todos que gostam de ouvir um bom blues delta. Recomendo. E o som dessa mesma figura, com a canção My Trouble Blues. Boa noite.


quinta-feira, 29 de abril de 2010

Palavras... Suas finalidades e seu fim


As vezes, quantas coisas ditas, tentativas de explicações. Por fim, tudo que se tenta dizer, e o que sai, é justamente o que é desnecessário ou sem sentido. E enfim vejo o silêncio e sem enredo. É um estranho paradoxo de que a subjetividade torna algumas coisas obvias.
Trago aqui, um pouco de minha pobre poesia, que tenta o que sabe que não vai conceguir - explicações.



“Palavras ditas,
caminhos soltos,
quesá encontrem ao fim,
algum conforto.

Ouvidos.
As vozes.
Fagocitose de sons.

Falas, frases e entonações.
Interpretações, interpretantes e intenções.
Pretensões, tensões e Intencionados.
Valores distintos.
Caminhos opostos, paralelos,
às vezes cruzados.

Palavras, amor.
Traduções de sentimentos.
Termos, ternos, tensos ou vulgares.
Transcrições de olhares.
Palavra em vão.
Sentimento é uma palavra escrita apenas no coração...”

(Rennan R. Loezer)



Ao som de Robert Nighthanwk com Sorry Sweet Angel, à todos boa noite.

*A reticente objetividade deste blog faz possível dizer que este post tem sua dedicatória...


Então, vamos lá...

É, estou iniciando meu blog, meio acanhado, mas vamos lá! Na verdade eu nem sei muito bem o porquê de eu faz. Talvez para expor minhas pensamentos, sentimentos, opiniões, ideias, planos, desabafos, entre outras coisas...

Com relação ao sentimento de timidez, por ser a primeira vez que tenho um blog, lembrei agora de uma frase de um escritor inglês do sec. XVIII chamado Samuel Johnson, que dizia "É a escrever mal que se aprende a escrever bem".

Bem, sendo assim, à todos leitores desocupados procurando algo pra ler na net, sejam bem vindos... Ahh os que apenas são leitores, bem vindos também...

Ao som de Man in Black, do tão querido Johnny Cash. Boa noite